Médicos retiram coágulo de sangue de mais de meio metro de paciente

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Mesmo com todos os avanços da medicina, ainda podemos dar de cara com procedimentos muito arriscados. Só que nem sempre podemos deixar este risco de lado, especialmente quando uma cirurgia perigosa é a única chance de salvar sua vida. Imagine então como seria a sua reação se os médicos dissessem que aquela sua falta de ar, cansaço e frio é um coágulo de sangue de 70cm que está dentro seu corpo?
Uma tomografia revelou que Todd Dunlap, de 62 anos, tinha este titânico coágulo que ia das suas pernas até o seu coração. Os médicos temiam em pensar em um tratamento tradicional, já que existia um grande risco de que a massa se quebrasse e se alojasse em seus pulmões.

O Dr. John Moriarty deu ao paciente duas alternativas: participar de uma cirurgia de coração aberto (que possui diversos riscos, como várias outras cirurgias cardíacas), ou testar um novo procedimento, minimamente invasivo, usando um aparelho chamado AngioVac, que sugaria o coágulo gigante, como se fosse um aspirador de pó.
Mas havia um porém: era a primeira vez que o procedimento seria feito no estado da Califórnia. Pensando em seus netos e no desejo de continuar mais saudável para aproveitar seus próximos anos com eles, o Sr. Dunlap logo escolheu a segunda opção.
Seis dias após ter chegado ao hospital, ele passou pelo procedimento (dia 14 de agosto de 2013). Uma equipe composta por radiologistas intervencionais e cirurgiões cardiovasculares inseriu uma minúscula câmera pelo esôfago do paciente, para monitorar visualmente o seu coração.
Depois, guiaram uma mangueira enrolada através da artéria do pescoço, encaixando a ponta no coágulo, dentro do coração. A outra ponta foi guiada por uma veia na virilha, e ambas ficaram presas ao poderoso equipamento de ponte de safena presente no local, para criar a poderosa sucção.
O AngioVac então rapidamente sugou o coágulo para fora do coração do Sr. Dunlap, enquanto filtrava o tecido sólido. O sangue limpo foi restaurado através da veia na virilha, eliminando a necessidade de uma transfusão. O processo, ao todo, durou três horas.
O paciente ficou três dias em observação, depois mais quatro na ala dos cardíacos. Após este tempo, ele já estava em casa, completamente normal e cheio de energia, brincando com seu neto de 9 anos de idade.
Uma cirurgia de coração aberto demoraria o dobro do tempo, e esses procedimentos muitas vezes exigem que o esterno seja dividido ao meio. Um procedimento assim faria com que a restauração e a reabilitação demorassem muito mais, sem contar os riscos envolvidos para uma pessoa idosa. Muitos pacientes de cirurgias cardíacas morrem por falta de resistência a uma cirurgia muito invasiva, ou não aguentam a reabilitação.
O uso do AngioVac exigiu a presença de muitos especialistas, incluindo cirurgiões cardiovasculares, radiologistas, cardiologistas e anestesistas, e só foi descoberto por Todd Dunlap porque ele foi atrás da UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles), que revelou o procedimento. Sua esposa, Cheryl Dunlap, acredita que não teriam a opção caso fossem para o hospital local.

Fonte: Discovery Notícias

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