Nanopartículas usadas em cosméticos e produtos industriais podem estar causando danos em nosso DNA
As modernas nanopartículas de alta tecnologia podem estar afetando nossa saúde.
No nosso dia-a-dia estamos cercados por nanopartículas em uma vasta quantidade de produtos industrializados, e essa exposição a esta nova tecnologia pode estar causando sérios problemas na nossa saúde.
Pesquisa realizada pela Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, apontam que as famosas nanopartículas usadas em cosméticos (protetores solares e antirugas , roupas, raquetes de tênis, tintas, meias e em algumas aplicações médicas, causaram danos no DNA de camundongos. As partículas provocaram arteriosclerose, câncer e doenças cardiovasculares.
Um dos responsáveis pela pesquisa, o doutor Peter Miller, professor associado de medicina ambiental do Instituto de Saúde Pública, informou que devemos considerar as nanopartículas como um agente perigoso. O pesquisador está preocupado especialmente com doenças cardíacas e cancerígenas, mas infelizmente ele não pode afirmar o quão perigoso pode ser essa exposição a estas nanopartículas.
As pesquisas ainda precisam avançar para determinar quanto seria necessário se expor para sofrer danos. “Atualmente, nada sabemos sobre o quanto as pessoas estão expostas a este perigo”, disse ele.
Uma das nanopartículas mais bem estudada e famosa entre a comunidade científica é o C-60 (carbono 60, mais conhecido como fulerene) e os nanotubos produzidos unicamente de carbono.
O estudo foi dirigido de modo a alimentar os camundongos com fulerenes (carbono-60) ingeridos com água ou óleo. Após 24 horas do consumo todos os ratos estavam mortos. Análises feitas no DNA do pulmão e do fígado mostraram que a nanopartícula causou sérios danos no DNA, resultando em grande acúmulo de radicais livres. Um dos pontos curiosos é que o cólon não sofreu nenhum dano.
Os cientistas se espantaram, pois grande parte do fulerene ingerido passa pelo cólon antes de chegar no pulmão e no fígado. Imagina-se que isso ocorreu pelo fato das células do cólon serem substituídas mais rapidamente pelo corpo do que no pulmão e no fígado. A pesquisa foi publicada na revista Environmental Health Perspectives.
Existe uma preocupação mais acentuada quando pensamos em nanopartículas usadas em diesel. Esses produtos ao serem liberados pelo escapamento dos carros podem deixar essas partículas suspensas no ar, o que poderia ser facilmente absorvido pela respiração. Os danos causados pela inalação de algumas nanopartículas não foram bem estudadas e poderiam causar doenças sérias como o câncer das vias respiratórias.
Fonte: JORNAL CIÊNCIA
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